23 de maio de 2013

Ruídos de lembranças.




Hoje foi um dia monótono e chato, como todos os outros. Mas há algo nele que me deixou diferente, pensativa. E não foi o trabalho de matemática. A chuva, talvez. 


Esse frio que veio junto com esta sexta me deixou quente, transpirando saudade das coisas que já se foram, dos sonhos que a maré levou, das amizades desfeitas, amores fracassados... E uma lagrima escorreu pelo meu rosto enquanto as lembranças passeavam pela minha cabeça.
- Por quê tudo se vai? Por quê as pessoas fazem promessas como quem contam piadas?
Me perguntei enquanto observava a chuva embaçar a janela do meu quarto.
E continuei a chorar, com a tentativa de lavar a alma, me limpar da saudade que sinto das coisas que já se foram, das coisas que o vento levou pra longe de mim. 
A vida é mesmo muito cruel. Arrancou de mim uma serie de coisas, sem se preocupar com o dano que causou ao meu coração. Levou embora diversos "para sempre" e apagou dezenas de "conte comigo". 
É sexta, minhas amigas estão ligando, me chamando para dar uma volta na chuva, mas digo que não, puxo a coberta até o pescoço e continuo a observar a chuva embaçar a janela do meu quarto, enquanto aguardo o tempo levar de mim o que ainda me resta.


                                                          Bárbara Castro

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